Tutorial sobre setup - Parte 1

Ajuste fino no hardware

Deve-se sempre usar a forma fácil de programação do CMOS Setup para fazer ajustes finos visando:

Resolver problemas
Otimizar o desempenho
Utilizar opções de funcionamento que por padrão são desativadas

Para isto é preciso um conhecimento profundo dos inúmeros comandos do CMOS Setup.

O método padrão

O método inicial recomendado para a programação do CMOS Setup consiste no seguinte:

1. Usar a auto-configuração.
2. Acertar a data e a hora
3. Definir o drive de disquetes
4. Auto detectar o disco rígido
5. Sair e salvar

O uso desses comandos é suficiente para que o PC funcione, e permitirá a realização das etapas seguintes da montagem: formatação do disco rígido e instalação do sistema operacional.

A maior parte do trabalho é feita com o comando de auto-configuração, que pre­enche as respostas das dezenas de itens do Setup com valores default sugeridos pelo fabricante da placa de CPU. Outra parcela não tanto trabalhosa mas muito importante é a auto-detecção dos parâmetros do disco rígido. Não é mais preciso consultar o seu manual para saber o nú­mero de cabeças, setores e cilindros. O CMOS Setup faz isso automaticamente. Outros parâmetros relacionados ao disco rígido também são automaticamente preenchi­dos, sem que o usuário precise saber o que significa cada um. A parte que o usuário precisa fazer manualmente é muito fácil: indicar a data e a hora, indicar o tipo dos drive de disquetes instalado, e finalmente usar o comando “Salvar & Sair”.

O que é exatamente o CMOS Setup

Para que serve exatamente o CMOS Setup? Antes de mais nada, este pro­grama deveria se chamar BIOS Setup, já que serve para definir opções de funcionamento do BIOS da placa de CPU. O principal objetivo do BIOS é realizar o controle do hardware. É responsável pelo acesso ao disco rígido, ao drive de disquetes, à impressora, e até mesmo aos chips VLSI e à memória. A placa de vídeo não é controlada por este BIOS, já que ela possui o seu próprio, chamado BIOS VGA. Fica armazenado em uma memória ROM localizada na placa SVGA que ocupa normalmente 32 kB.

O BIOS da placa de CPU também é responsável pelo processo de “auto-teste” realizado quando o PC é ligado, ou quando pressionamos o botão Reset. Trata-se de um conjunto de testes que visam verificar se os principais componentes do PC estão funcionando corretamente. É comum chamar esses testes de POST (Power on Self Test, ou seja, teste automático que é feito quando o PC é ligado). Também é responsável por dar início ao processo de boot, ou seja, a carga do sistema operacional na memória.

Podemos ainda citar uma miscelânea de atividades que o BIOS realiza, como a proteção do PC contra ataque de alguns tipos de vírus, o gerenciamento de senhas, e ainda o gerenciamento do uso de energia, muito importante com PCs operados por bateria. Podemos então sintetizar as funções do BIOS na seguinte lista:


1.Controle do hardware
2.POST
3.Dar início ao processo de boot
4.Segurança contra vírus
5.Proteção através de senhas
6.Gerenciamento do uso de energia



O BIOS da placa de CPU é capaz de realizar todas essas funções, sendo que a mais importante é o controle do hardware. O programa conhecido como CMOS Setup serve para que o usuário defina algumas opções para a realização dessas funções. Por exemplo, entre as dezenas de opções do CMOS Setup, existe uma que está relacionada com o processo de boot:

Boot Sequence Options: A: C: / C: A:

Esta opção exemplificada chama-se “Boot Sequence”, ou seja, seqüência de boot. Neste exemplo, pode ser programada de duas formas diferentes: “A: C:” ou “C: A:”. Ao ser usada a primeira opção, a primeira tentativa de boot será feita pelo drive A. Caso não exista um disquete presente no drive A, o boot será feito pela segunda opção, ou seja, pelo drive C. Se usarmos a seqüência “C: A:”, será tentado o boot diretamente pelo drive C. A vantagem é que este processo é mais rápido, já que o BIOS não precisa perder tempo veri­ficando se existe um disquete presente no drive A. Nesse caso, o boot pelo drive A só seria realizado como uma segunda opção, ou seja, se o disco rígido estiver defeituoso. Nos BIOS mais recentes, a seqüência de boot tem várias outras opções. Podemos escolher a ordem entre dois discos rígidos, o drive de CD-ROM, o drive de disquetes e um ZIP Drive.

O CMOS Setup depende de diversos fatores:

Fabricante do BIOS. Podemos encontrar BIOS (e Setups) produzidos pela AMI (American Megatrends, Inc.), Award e Phoenix.

Chipset. A principal função do BIOS é realizar o controle do hardware, o que inclui os chips VLSI existentes na placa de CPU. O CMOS Setup em geral apresenta opções que definem a forma como o BIOS fará o controle desses chips. Por isso, placas de CPU diferentes possuem diferenças em seus Setups, mesmo que ambos os Setups sejam produzidos pelo mesmo fabricante.

Processador. Os processadores usados nos PCs são compatíveis entre si. Todos são de classe x86, ou seja, compatíveis com a família do 8086, incluindo seus sucessores. Existem entretanto algumas diferenças que são refletidas no CMOS Setup. Por exemplo, as primeiras versões do processador Celeron não tinham cache L2. Desta forma, o CMOS Setup não apresentava o comando para habilitar e desabilitar a cache L2.

Versão do BIOS. O mesmo fabricante de BIOS pode criar (e normal­mente cria) versões novas de seu BIOS genérico. Este BIOS genérico é adaptado separadamente para diversas placas de CPU. Existem portanto certas distinções que não são devidas a diferenças no ­processador, nos chips VLSI ou no fabricante, e sim na versão. Por exemplo, BIOS antigos estavam limitados a utilizar discos IDE com no máximo 504 MB. Nos BIOS atuais, sempre encon­traremos a função LBA (Logical Block Addressing), que dá acesso a discos IDE com mais de 504 MB. A maioria dos BIOS produzidos antes de 1998 não suportava discos rígidos com mais de 8 GB. Nas versões atuais, esta barreira já foi eliminada.

Fabricante da placa de CPU. Os fabricantes de BIOS podem fazer adaptações e alterações requisitadas pelo fabricante da placa de CPU. Por exemplo, os grandes fabricantes em geral não deixam acesso a opções que definem a velocidade de acesso à memória. Normalmente determinam quais são os parâmetros indicados e pedem ao fabricante do BIOS que programe esses parâmetros de forma fixa, eliminando-os do CMOS Setup.


Fig. 1 - Tela de um setup com apresentação gráfica (click na fig. para ampliar)



Portanto, não se impressione quando você encontrar diferenças entre os Setups de PCs diferentes. Felizmente, apesar de existirem mui­tas diferenças, existem muito mais semelhanças. Por isso, podemos apresentar aqui explicações genéricas que se aplicarão aos Setups da maioria dos PCs.

Apenas para ilustrar as semelhanças e diferenças entre Setups de PCs diferentes, observe atentamente as figuras 1 e 2. São telas de Setup completamente diferentes. A da figura 1 tem uma apresentação gráfica e é produzida pela AMI, enquanto a da figura 2 possui uma interface baseada em texto, produzida pela Award. Note que não estamos afirmando que todos os Setups AMI têm apresentação gráfica, nem que todos os da Award têm apresentação de texto.


Fig. 2 - Tela de um setup com apresentação em texto (click na fig. para ampliar)



O Windows e o BIOS

Nos tempos do velho MS-DOS e do Windows 3.x (assim como em todas as versões anteriores ao Windows 95), a maior parte ou todo o controle do hardware era feito pelo BIOS. Atualmente a maioria das funções de controle do hardware que antes eram realizadas pelo BIOS são realizadas por drivers do Windows. O Windows controla o vídeo, o teclado, a impressora, o disco rígido, o drive de CD-ROM e todo o restante do hardware. Entretanto isto não reduz a necessidade nem a importância do BIOS. Muitas das funções de controle realizadas pelo Windows são feitas com a ajuda do BIOS, ou então a partir de informações do CMOS Setup. Além disso o BIOS precisa continuar sendo capaz de controlar o hardware por conta própria, para o caso de ser utilizado um sistema operacional que não controle o hardware por si mesmo. O BIOS também precisa ser capaz de realizar todo o controle do hardware antes do carregamento do Windows na memória. Por questões de compatibilidade, o BIOS sempre será capaz de controlar sozinho a maior parte do hardware, mesmo que o Windows seja capaz de fazer o mesmo e dispensar os serviços do BIOS.

O funcionamento do CMOS Setup

Quando fazemos o “Setup” de um software, uma das diversas ações exe­cutadas é a geração de um arquivo (ou de entradas no Registro do Windows) que contém informações sobre as opções de funciona­mento do software em questão. No caso do CMOS Setup, essas opções de funcionamento são armazenadas em um chip especial chamado CMOS, daí vem o nome “CMOS Setup”.

“CMOS” é a abreviatura de “Complementary Metal Oxide Semiconductor”. O significado deste nome está relacionado com os materiais empregados na implementação de circuitos integrados (Metal, Óxidos e Silício, que é o semicondutor usado). O termo “Complementar” é usado pois cada célula lógica emprega dois transistores “complementares”, ou seja, enquanto um deles conduz corrente, o outro está cortado (não conduz), e vice-versa. Os dois estados que esses transistores assumem representam os bits “0” e “1”. Milhares dessas células são depositadas em uma minúscula pasti­lha medindo cerca de 1 até 3 cm de lado (em muitos chips, esta medida é ainda menor). Uma das principais características dos chips baseados na tecnolo­gia CMOS é seu baixo consumo de corrente. Muitos circuitos existentes na placa de CPU utilizam a tecnologia CMOS, entre eles, o chip usado para arma­zenar os dados que definem as opções de funcionamento do BIOS. Com o passar do tempo, este chip passou a ser conhecido como CMOS (mas tenha em mente que este não é o único chip que usa a tecnologia CMOS), e a operação de definir as opções de funcionamento do BIOS passou a ser conhecida como “CMOS Setup”, ou simplesmente “Setup”. Em certas placas de CPU, o CMOS é um chip independente, em outros casos, o CMOS está incorporado dentro de um dos chips VLSI da placa de CPU.

Na mesma memória ROM onde está armazenado o BIOS da placa de CPU, existe o programa usado para preencher os dados do CMOS, ou seja, para “fazer o Setup”. A execução deste programa normalmente é ati­vada através do pressiona­mento de uma tecla específica (em geral DEL) durante a contagem de memória que é realizada quando ligamos o PC, ou então quando pressionamos a tecla Reset. Também podemos ativar o Setup usando a tecla DEL, logo depois que co­mandamos um boot pelo te­clado, usando a seqüência CONTROL-ALT-DEL.

O programa Setup obtém os dados existentes no CMOS e os coloca na tela para que façamos as alterações desejadas, usando o teclado ou o mouse. Depois que terminamos, usamos um comando para armazenar es­sas alterações no CMOS. Normalmente este comando chama-se “Save and Exit” (Salvar a Sair), ou algo simi­lar, como “Write to CMOS and Exit” (Gravar no CMOS e Sair).










Tutorial sobre setup - parte 2

O menu principal do CMOS Setup

Podemos encontrar Setups com telas gráficas ou com telas de texto, como vimos nas figuras 1 e 2. Não importa qual seja o aspecto do Setup do seu PC, você sem­pre encon­trará no manual da sua placa de CPU, informações sobre o seu funcionamento. Mesmo que você tenha perdido o manual da sua placa de CPU, é possível que você possa, através da Internet, obter uma cópia do manual do seu Setup. Você precisa fazer o seguinte:



1. Identifique qual é o fabricante do seu BIOS. Você poderá encontrar BIOS da AMI, Phoenix e Award.

2. Identifique a versão do seu BIOS. Normalmente esta informação é apresen­tada na tela que é exibida logo que o PC é ligado.

3. Uma vez sabendo o fabricante do seu BIOS e a sua versão, você pode tentar acessá-lo pela Internet. Aqui estão alguns endereços que poderão ajudar:

AMI
http://www.ami.com
Award http://www.award.com
Phoenix http://www.ptltd.com

Não espere encontrar explicações muito mais detalhadas que as existentes no ma­nual da sua placa de CPU. Em geral, será possível encontrar muitas explicações sobre, por exemplo, o uso de senhas e outros itens mais sim­ples, mas os itens mais complicados, como “RAS to CAS Delay” terão ex­plicações quase tão resumidas quanto as que existem no manual da placa de CPU.

Também é possível obter na Internet, uma cópia do manual da sua placa de CPU, no qual está explicado o CMOS Setup.

Não importa qual seja o fabricante e a versão do seu Setup, normalmente você encontrará certos comandos ou menus padronizados na sua tela principal. Vejamos a seguir quais são esses comandos:

Standard CMOS Setup

Aqui existem itens muito simples, como a definição do drive de disque­tes, os pa­râmetros do disco rígido e o acerto do relógio permanente exis­tente no CMOS

Advanced CMOS Setup

Esta parte do Setup possui uma miscelânea de itens um pouco mais com­plicados, mas em geral fáceis. Por exemplo, temos aqui a seqüência de boot (A: C: ou C: A:), a definição da taxa de repetição do teclado, a Shadow RAM e diversos outros.

Advanced Chipset Setup

Nesta seção encontramos controles para diversas funções dos chips VLSI existentes na placa de CPU. Muitos dos itens encontrados aqui estão rela­cionado com a tem­porização do acesso das memórias.

Peripheral Configuration

Através deste menu podemos atuar em várias opções relativas às interfaces existen­tes na placa de CPU. Podemos por exemplo habilitar ou desabilitar qualquer uma delas, alterar seus ende­reços, e até mesmo definir certas características de funcio­namento.

PnP Configuration

Nesta seção existem al­guns comandos que permitem atuar no modo de funcionamento dos dispositivos Plug and Play. Podemos, por exemplo, indicar quais interrupções de hardware es­tão sendo usadas por placas que não são PnP.

Power Management

Este menu possui comandos relacionados com o gerenciamento de ener­gia. Todas as placas de CPU modernas possuem suporte para esta função. O gerenciamento de energia consiste em monitorar todos os eventos de hardware, e após detectar um determi­nado período sem a ocorrência de nenhum evento, usar comandos para diminuir o consumo de energia.

Security

Em geral esta parte do Setup é muito simples. Consiste na definição de senhas que podem bloquear o uso do PC ou do Setup (ou ambos) por pessoas não autorizadas.

IDE Setup

No IDE Setup existem comandos que permitem detectar automaticamente os pa­râmetros dos discos rígidos instalados, bem como ativar certas carac­terísticas do seu funcionamento.

Anti Virus

Aqui temos a opção para monitorar as gravações no setor de boot do disco, uma área que é atacada pela maior parte dos vírus. Desta forma, o usuário pode ser avisado quando algum vírus tentar realizar uma gravação no setor de boot.

CPU PnP

Na verdade este nome não é muito adequado. Dispositivos Plug and Play devem ser jumperless (ou seja, não usam jumpers para serem configurados), mas nem tudo o que é jumperless pode ser chamado de Plug and Play. Este menu dá acessos a comandos que definem o clock interno e o clock externo do processador.

Load Defaults

Em geral o fabricante da placa de CPU apresenta dois conjuntos de valo­res para o preenchimento automático de praticamente todos os itens do Setup. Um desses conjuntos, chamado às vezes de “Default ótimo”, é o que resulta no maior desem­penho possível, sem comprometer a confiabili­dade do PC. O outro con­junto de valores é o “Default à prova de falhas”, que faz o PC operar em baixa velocidade. Deve ser usado quando o PC apresenta falhas.

Best defaults

Em alguns setups existe o comando Best Defaults, que faz com que todos os parâ­metros sejam programados com as opções que resultam no maior desempenho, mas sem se preocupar com a confiabilidade e a estabilidade do funcionamento do PC. Em geral este recurso funciona apenas quando são instaladas memó­rias bastante rápidas. A opção Optimal Defaults é uma escolha mais sensata, pois resulta em desempenho alto, sem colocar em risco o bom funcionamento do PC.

Power Up Control

Este menu possui vários comandos relacionados com operações de ligamento e desligamento do PC. Por exemplo, podemos programá-lo para ser ligado automaticamente em um determinado horário, ou então quando ocorrer uma chamada pelo modem, ou quando chegarem dados através de uma rede local. Podemos escolher o que fazer quando ocorre um retorno no fornecimento de energia elétrica após uma queda, se o PC é ligado automaticamente ou se o usuário precisa pressionar o botão Power On.

Exit

Ao sair do programa Setup, temos sempre as opções de gravar as altera­ções no CMOS antes de sair, ou então ignorar as alterações.

Para facilitar nosso estudo, dividimos o assunto em várias partes, como Standard CMOS Setup, Advanced CMOS Setup, etc. Até neste ponto po­demos encontrar diferenças entre os Setups de diversos PCs.

Determinados itens podem ser encontrados em um grupo de um PC, e em outro grupo de outros PCs. Por exemplo, o item Display Type, explicado adiante, poderá ser encontrado em al­guns casos no Standard CMOS Setup, e em outros casos no Advanced CMOS Se­tup.

A maioria dos itens do CMOS Setup podem ser programados com duas opções: Enabled (Habilitado) ou Disabled (Desabilitado). Existem entre­tanto itens que pos­suem opções diferentes, e até mesmo opções numéri­cas.


Tutorial sobre setup - parte 3

Standard CMOS Setup

Esta parte do Setup é praticamente a mesma na maioria dos PCs. Possui comandos para definir os seguintes itens:

Data e Hora
Tipo do drive de disquete
Parâmetros dos discos rígidos

Em alguns casos, o Standard CMOS Setup possui alguns comandos adici­onais, como:

Tipo de placa de vídeo
Habilitação do teste do teclado
Daylight Saving (horário de verão)


A figura 3 mostra um exemplo de Standard CMOS Setup. Podemos observar que existem comandos para acertar o relógio (Date/Time), para definir os drives de disquetes A e B, para definir os parâmetros dos discos rígidos.

Fig. 3 Exemplo de Standard CMOS Setup. (cilck na fig para ampliar)



Date / Time

O primeiro comando que normalmente usamos é o acerto do relógio. Devemos usar as setas para selecionar o item a ser alterado, e a seguir, usar as teclas Page Up e Page Down para alterá-lo.

Floppy drive A/B ou Legacy Diskette A/B

Através deste comando, definimos o tipo dos drives A e B, ou seja, os drives de disquetes. Existem as seguintes opções:
None (não instalado)


360 kB (5¼” DD)
720 kB (3½” DD)
1.2 MB (5¼” HD)
1.44 MB (3½” HD)
2.88 MB (3½” ED)
Em um típico PC com apenas um drive de 1.44 MB ins­talado, devemos decla­rar A=1.44 MB e B=Not Installed. Setups mais recentes já chamam este item de “Legacy Diskette A/B”. O termo legacy significa legado, uma coisa antiga.

Floppy 3 mode support

Provavelmente você não irá utilizar este recurso. Faz com que o drive de disquetes opere de modo compatível ao dos PCs japoneses, com capacidade de 1.2 MB, ao invés de 1.44 MB.

Hard Disk

Usado para o preenchimento dos parâmetros chama­dos de “Geometria Lógica” dos discos rígidos. Esses parâmetros são:

Cyln - Número de cilindros
Head - Número de cabeças
Sect - Número de setores
WPcom - Cilindro de pré-compensação de gravação
LZone - Zona de estacionamento das cabeças

Esses parâmetros podem ser obtidos no manual do disco rígido, ou pode­mos en­contrá-los impressos na sua parte externa, ou ainda podem ser pre­enchidos auto­maticamente, através de um outro comando do Setup que normalmente é cha­mado de Auto Detect Hard Disk.

Fig. 4 Definindo os parâmetros do disco rígido. (click na fig. para ampliar)


No Setup da figura 3, selecionamos o disco e teclamos ENTER. Será apresentada a tela da figura 4. Podemos usar o comando IDE HDD Auto Detection, que fará com que os parâmetros sejam automaticamente preenchidos. Podemos deixar o item IDE Primary Master programado como Auto. Isto fará com que o HD tenha seus parâmetros detectados sempre que o PC for ligado. Se usarmos a opção USER poderemos preencher o número de cilindros, cabeças, setores, etc.

O item Hard Disk não aparece necessariamente com este nome. Existem itens indepen­dentes para cada um dos discos rígidos possíveis. Na maioria das placas de CPU, o CMOS Setup possui itens independentes para 4 discos rígidos, sendo que dois são conectados na interface IDE primária, e dois na secundária. É comum encontrar esses itens com os nomes:

Primary Master
Primary Slave
Secondary Master
Secondary Slave

Para cada um dos discos instalados, temos que definir seus parâmetros. O disco Master ligado na interface IDE primária será reconhecido como sendo o drive C. O segundo disco (slave) da interface primária, caso exista, será reconhecido como sendo o drive D. Discos rígidos IDE podem ser ligados de diversas formas diferen­tes, mas certas combinações não são permiti­das. Por exemplo, não podemos insta­lar um único disco em uma interface, configurado como Slave. A tabela abaixo mostra as formas válidas de ins­talar discos IDE, bem como os nomes que recebem do sistema operacio­nal:



PrimaryMaster PrimarySlave SecondaryMaster SecondarySlave


C - - -
- - C -
C D - -
C - D -
C D E -
C - D E
C D E F

Há muitos anos atrás (anos 80) a definição dos parâmetros disco rígido era feita através da especifi­cação de um único número (Hard Disk Type). Cada número resul­tava em valores predefinindos para todos os parâmetros do disco rígido. Isto foi feito desta forma no Setup do IBM PC AT, pois na época do seu lançamento, eram pouquíssimos os modelos de disco rígido existentes no mercado. Já que eram poucos, uma tabela foi implantada no BIOS, e bastava indicar qual o tipo do disco (no início, variava entre o tipo 1 e o tipo 11), e automaticamente estariam definidos os seus parâme­tros. Nos manuais dos discos rígidos da época, existiam instruções como “Defina este disco no Setup como Tipo 2...”. Com o passar do tempo, no­vos discos foram lançados e acrescentados na tabela de discos rígidos do BIOS. Chegou-se a um ponto em que os fabricantes de BIOS passaram a usar itens independentes para preencher os parâmetros, ao invés de usar parâmetros fixos. Em muitos Setups, os tipos de 1 a 46 são fixos, e o tipo 47, também chamado de “User Type”, é o único que permite o preenchi­mento individual dos parâmetros: Cyln, Head, Sect, WPcom e Lzone.

Em todos os Setups mais recentes, não existem os tipos de 1 a 46, já que são considerados obsoletos. Ao invés disso, possuem as opções User (permitem o pre­enchimento manual desses parâmetros pelo usuário) e Auto (faz o preenchimento automático dos parâmetros).

Discos SCSI

As placas controladoras SCSI possuem o seu próprio BIOS. O BIOS da placa de CPU, por sua vez, está preparado para controlar apenas discos IDE, através das suas interfaces. Discos SCSI não devem ser declarados no CMOS Setup, ou seja, devem ser indicados como “Not Installed”. Muitos Setups possuem, entre os tipos de discos rígidos, (1 a 47), um tipo adicional, que é o SCSI, que tem o mesmo efeito que indicar a op­ção “Not Installed”.

CD-ROM

Devemos usar esta opção quando conectamos um drive de CD-ROM em uma con­troladora IDE da placa de CPU. Caso esta opção não esteja pre­sente, devemos usar a opção “Not Installed”. Mesmo assim o o sistema operacional pode usá-lo sem problemas.

Daylight Saving

Alguns Setups possuem esta opção, que nada mais é que o acerto auto­mático do horário de verão. Este acerto é feito automaticamente pelo BIOS no início e no final do verão. Como no Brasil o horário de verão não res­peita essas datas, deve­mos deixar esta opção desabilitada.

Vídeo / Display Type

Alguns Setups possuem um campo para a indicação do tipo de placa de vídeo. As opções são CGA, MDA e VGA. Nos PCs atuais usamos a opção VGA, que pode aparecer com outros nomes, como SVGA, EGA, MCGA, ou PGA. Todas elas são equivalentes.

Keyboard

Este item possui duas opções: Installed e Not Installed. Usar a opção Not Installed, não significa que o teclado será ignorado, e sim, que não será testado durante o boot. Em certos casos, depen­dendo do teclado e da fonte de alimentação, é possível que o BIOS realize um teste de presença do teclado muito cedo, antes que o microprocessador existente dentro do teclado esteja pronto para receber comandos. O resultado é uma men­sagem de erro na tela (Keyboard Error). Para solucionar este problema, basta mar­car este item com a opção Not Installed. Desta forma, o BIOS não testará o teclado após as operações de Reset, eliminando assim a mensagem de erro. O uso do te­clado será intei­ramente normal.
Também é comum usar este comando em PCs que operam como servi­dores de arquivos. Por questões de segurança, esses PCs ficam a maior parte do tempo com o seu teclado trancado. Apenas o administrador da rede des­tranca o teclado quando é necessário usar o ser­vidor. Quando o teclado está tran­cado (ou ausente), é também apresen­tada a mensagem “Keyboard Error” nas ope­rações de boot. Para eliminar o problema, basta usar a opção “Keyboard Not Installed” no CMOS Setup.

Tutorial sobre setup - Parte 4

Advanced CMOS Setup

Os itens apresentados nesta parte do Setup são mais ou menos comuns em todos os PCs, seno independentes do processador e do chipset.

Full screen logo

Nem sempre este comando está localizado no Advanced CMOS Setup. Pode ficar no Boot menu, encontrado em placas de CPU mais recentes. Ele serve para habilitar ou desabilitar a exibição de um logotipo de tela cheia que é apresentado durante o boot. Em muitas placas de CPU este logotipo pode ser configurado para uso de um arquivo gráfico escolhido pelo usuário ou pelo fabricante do PC. Neste caso, o CD-ROM que acompanha a placa de CPU possui o utilitário que faz esta programação.

Typematic Rate Programming

Serve para habilitar ou de­sabilitar a programação inicial que o BIOS faz sobre a taxa de repetição do teclado. Podemos então programar dois parâmetros: o Typematic Delay e o Typematic Rate, descri­tos a seguir. É totalmente desnecessário utilizar este comando, pois tanto no MS-DOS como no Windows existem comandos para realizar esta programação.

Typematic Delay

Serve para indicar quanto tempo uma tecla deve ser mantida pressionada para que sejam iniciadas as repetições. Os valores disponíveis são 0,25 segundo, 0,50 se­gundo, 0,75 segundo e 1 segundo.

Typematic Rate Characters per Second

Aqui podemos regular a taxa de repetição, desde um valor mais lento (6 caracteres por segundo) até um valor mais rápido (32 caracteres por se­gundo).

Hit Del Message Display

Em geral, durante a contagem de memória, é exibida na tela uma mensa­gem indi­cando qual é a tecla que deve ser pressionada para ativar o CMOS Setup. Pode aparecer como “ Hit DEL to run Setup”, “Press F1 to run Setup” ou algo similar. Com este item, podemos desabilitar a exibição desta mensagem, com o objetivo de afastar curiosos. Mesmo que a mensagem não seja exibida, o PC continuará aceitando o pressionamento da tecla que ativa o CMOS Setup.

Above 1 MB Memory Test

Durante as operações de boot, o BIOS realiza uma contagem de memória. À me­dida que esta contagem é feita, o BIOS faz também um rápido teste na memória. Apesar deste teste não ser capaz de detectar todos os tipos de defeitos, seu uso é muito recomendável. Para usá-lo, de­vemos deixar este item na opção Enabled. É recomendável deixar este item habilitado.

Turbo Switch Function

Encontrado em Setups de placas de CPU antigas. Com este item, podemos indicar se a placa de CPU irá ou não obedecer ao botão de Turbo existente no painel frontal do gabinete. Em uso normal, esta opção fica habilitada, e o botão de Turbo fica permanentemente pres­sionado. Lembre-se que a maioria das placas de CPU modernas não possuem conexão para Turbo, por­tanto seus Setups não possuem este item.

Virus Warning

Veja o item “Security”, explicado mais adiante. Na maioria dos PCs, este comando ocupa um menu próprio no Setup, mas também pode estar dentro do Advanced CMOS Setup.

Password Check

Habilita um pedido de senha para ter acesso ao PC. Em geral, são apresenta­das as opções “Setup” e “Always”. Ao escolher a opção “Setup”, só será permitido ter acesso ao programa Setup mediante o fornecimento da se­nha. Entretanto, para executar o boot e fazer uso normal do PC, não será preciso fornecer senha alguma. Por outro lado, se este item for programado com a opção “Always”, será preciso fornecer a senha, tanto para executar o Setup, como para realizar o boot e fazer uso normal do PC. Antes de utilizar este item, devemos realizar um cadas­tra­mento de senha, o que é feito através do menu “Security” ou “Password”.

Internal Cache (ou Level 1 cache)

Serve para habilitar e desabilitar o funcionamento da cache L1 do processador. Deixamos esta memória cache habilitada, exceto nos casos em que queremos que o PC diminua drasticamente sua veloci­dade, e quando rea­lizamos um check-up na memória DRAM.

External Cache (ou Level 2 cache)

Habilita e desabilita a cache L2. Normalmente deixamos este item habilitado, a menos que seja nossa intenção di­minuir drasticamente a velocidade do PC, ou fazer um check-up na memória DRAM.

Boot Sequence

O PCs executam o boot preferencialmente pelo drive A, e caso não seja possível, o boot é feito pelo drive C. A maioria dos Setups possui este item, no qual encontramos as opções “A: C:” e “C: A:”. É vanta­joso usar a opção “C: A:”, o que faz com que o boot seja mais rápido, já que não será perdido tempo checando a existência de um disquete no drive A. Esta checa­gem demora alguns segundos, pois para que seja feita, é preciso ligar o motor do drive. Se for preciso executar um boot pelo drive A, devemos alterar este item para “A: C:”. As placas de CPU modernas têm também podem executar um boot através de um CD-ROM. Este CD-ROM precisa estar conectado em uma das interfaces IDE existentes na placa de CPU, pois o BIOS não dá suporte direto a interfaces IDE existentes nas placas de som. Quando o BIOS pode executar o boot por um CD-ROM, este faz parte das opções de se­qüências de boot. É comum nas placas de CPU modernas, a existência de outras opções de boot, como LS-120, ZIP Drive, um segundo disco rígido, discos SCSI e outros tipos de discos removíveis.

Try other boot devices

A se­qüência de boot pode ser programada de diversas formas, alternando drives de disquete, discos rígidos IDE, discos rígidos SCSI e até discos removíveis. O boot só é tentado com todos os dispositivos da seqüência quando este item é programado com a opção YES.

S.M.A.R.T. for hard disks

Os discos rígidos modernos possuem um recurso chamado S.M.A.R.T. (Self-Monitoring Analysis Reliability Technology). Os discos mantêm internamente, relatórios sobre erros ocorridos em todas as suas operações. Por exemplo, quando ocorre um erro de leitura, todos os discos tentam ler novamente, fazendo um certo número de tentativas (retries). Quando em uma dessas tentativas, a operação é rea­lizada com sucesso, dizemos que ocorreu um soft error. Isto pode ser um indício de que o disco está com tendência a apresentar problemas. Quando depois das tenta­tivas o erro persiste, dizemos que ocorreu um hard error. Todos os tipos de erros são registrados pelo microprocessador existente no disco rígido, bastando que para isso, seja ativada a opção S.M.A.R.T. for hard disks no CMOS Setup. Isto entre­tanto não é suficiente para usar a tecnologia SMART. É preciso utilizar um software de gerenciamento (muitas vezes é fornecido junto com a placa de CPU), capaz de obter do disco rígido, o seu relatório de erros. Quando o relatório apresenta erros, e quando esses erros aumentam com o passar do tempo, podemos considerar como um indício de que o disco rígido tende a apresentar problemas mais sérios em um futuro próximo. A idéia é providenciar um disco rígido novo, mas uma solução provisória pode ser aumentar a freqüência dos backups.

PS/2 mouse support

Em um dos chips VLSI existentes nas placas e CPU modernas, existe uma interface própria para a conexão de um mouse padrão PS/2. Ligar o mouse nesta interface pode ser vantajoso, já que deixa a COM1 e a COM2 livres para outros dispositivos seriais. Basta então deixar este item na opção Enabled. Por outro lado, se o mouse padrão PS/2 não for utilizado, é melhor deixar este item na opção Disabled. Desta forma, estaremos deixando livre a interrupção 12 (IRQ12), que poderá ser posteri­ormente utilizada na instalação de novas placas de expansão.

BIOS Update

Nas placas de CPU atuais, é possível fazer a reprogramação da Flash ROM que armazena o BIOS. Por questões de segurança, algumas placas de CPU possuem um jumper que habilita as operações de gravação na Flash ROM. Em outras pla­cas, esta habilitação não é feita por um jumper, e sim, pelo CMOS Setup. Em ope­ração normal, e por questão de segurança, devemos deixar este item desabilitado. Apenas se quisermos fazer um upgrade de BIOS habilitamos este item.

Floppy Disk Access Control

Este item permite habilitar ou desabilitar as operações de gravação em disquetes. Em um PC normal, os drives de disquetes devem ficar habilitados tanto para leitura como para gravação. Em certos PCs nos quais as normas de segurança visam evitar que dados armazenados no disco rígido sejam copiados através de disquetes, po­demos programar o controle de acesso para que faça apenas leituras.

Primary Master ARMD Emulated as

ARMD significa ATAPI Removable Media Device, ou seja, um dispositivo de mí­dia removível, padrão ATAPI, como o LS-120 e o ZIP Drive IDE. Trata-se de um padrão que permite substituir os velhos drives de disquetes, por drives de discos removíveis de maior capacidade. Permite inclusive que o disco seja reconhecido pelo sistema como se fosse um drive A ou B, apesar de ser de alta capacidade. É possível ler, gravar, formatar, realizar boot, e outras operações comuns aos disque­tes. Por outro lado, discos ARMD também podem ser reconhecidos pelo sistema como se fossem discos rígidos removíveis. Este item do CMOS Setup indica como um disco removível ARMD será visto pelo sistema. As opções são Floppy e Hard Disk. Se você possui drive de disquete comum, deixe o disco removível ser emu­lado como um disco rígido. Se você optar por não instalar drives de disquetes co­muns, deixe este item programado como Floppy, a menos que o fabricante do disco especifique o contrário.

HDD Sequence SCSI/IDE First

Quando um PC tem discos SCSI e IDE, o boot é realizado pelo primeiro disco IDE (Primary Master). Não é possível desta forma realizar um boot pelo disco rígido SCSI. Apenas quando não existem discos IDE instalados, o boot é feito pelo disco rígido SCSI. Os BIOS mais recentes permitem alterar esta ordem, fa­zendo com que o boot possa ser realizado por um disco SCSI, mesmo que existam discos IDE presentes.

Initial Display Mode

Diz respeito ao que é exibido na tela logo que o PC é ligado. Pode ser programado com duas opções: BIOS e Silent. Se usarmos BIOS, a tela será normal, com contagem de memória, mensagens de configuração, etc. Com a opção Silent, a tela permanecerá inativa até que seja dado início à carga do sistema operacional.

Quick Power on Self Test

O boot dos PCs atuais é relativamente demorado. Vários testes são feitos nos com­ponentes da placa de CPU, incluindo uma contagem de memória, testes no ­processador, no chipset, nas interfaces, etc. Esse conjunto de testes é chamado de POST (Power On Self Test). Desabilitando parcialmente esses testes tornará o boot mais rápido, mas eventuais defeitos não serão detectados durante o POST. Para maior segurança, é melhor deixar esta opção desabilitada.

Quick Boot

Tem quase a mesma função que o Quick Power On Self Test. Ao ser habilitado, faz com que não seja feito o teste de memória, e o boot é executado pelo drive C, mesmo que exista um disquete no drive A.

Floppy drive Seek at boot

Durante o processo de boot, o BIOS comanda a execução de um comando sobre os drives de disquetes chamado recalibrate ou seek track 0. Con­siste em mover as suas cabeças até a última trilha, e a seguir movê-las novamente até a trilha zero. Desta forma, a interface de drives poderá “saber” a trilha sobre a qual as cabeças estão posicionadas. Esta operação é vista como uma precaução, pois em certos casos, ocorrem erros de acesso aos drives caso esta providência não seja tomada. Você pode desabilitar este comando, o que fará com que o boot seja um pouco mais rápido, pois não será perdido tempo com o recalibrate. Deixe habilitado apenas se tiver erros quando for executado o primeiro acesso ao drive de disquetes.

Boot Up Numeric Lock Status

Muitos Setups pos­suem o refinamento de permitir ao usuário escolher se o Keypad (teclado numérico) começa operando com os números (Numeric Lock On) ou com as funções (Numeric Lock Off).

Gate A20

Este item possui opções como Normal e Fast. A opção Normal sempre funciona. A opção Fast faz com que o acesso à memória HMA (os primeiros 64 kB da memória estendida) seja um pouco mais rápido, mas nem sempre funciona. Tente usar no modo Fast, mas se ocorrerem problemas como erros na memória e travamentos no PC, reprograme este item com a opção Normal.

USB Function

Este comando habilita o funcionamento da interface USB (Universal Serial Bus), existente na maioria das placas de CPU atuais. Se você não utiliza dispositivos USB, pode deixar este item desabilitado.

USB Keyboard/mouse support

Faz com que um teclado ou mouse USB funcionem mesmo antes do carregamento do sistema operacional. O controle seria feito pelo próprio BIOS, e nesse caso o teclado e o mouse USB podem ser usados mesmo no modo MS-DOS e em outras etapas pre-boot.

Video BIOS Shadow

Este comando faz com que o conteúdo do BIOS da placa SVGA seja copi­ado para uma área de memória DRAM. O processador desativa o BIOS da placa SVGA e passa a usar a sua cópia na memória DRAM. Esta cópia é feita a cada operação de boot. A vantagem em fazer esta cópia é que a DRAM é muito mais veloz que a ROM. Habilitar este item faz com que jogos de ação em modo MS-DOS (Quake, Duke Nukem 3D, DOOM, Wing Commander 3, etc) tenham gráficos mais rápidos.

System BIOS Shadow

Faz com que o conteúdo do BIOS da placa de CPU seja copiado para uma área de memória DRAM. Uma vez feita a cópia, o BIOS verdadeiro é de­sativado, e passa a ser usada a sua cópia em DRAM. A vantagem em usar este recurso é a maior ve­locidade no processamento das funções do BIOS. Note que este item é muito importante para o desempenho do disco rígido no modo MS-DOS e no Windows 3.x. Nas demais versões do Windows, o acesso a disco não é feito pelo BIOS, e sim, por drivers que ficam na memória RAM. Mesmo que você não use programas no modo MS-DOS nem o Windows 3.x, deixe a shadow RAM habilitada, pois se não ajuda, também não atrapalha.

Adapter BIOS Shadow

Este comando é similar ao Video BIOS Shadow e ao System BIOS Shadow, expli­cados anteriormente. A diferença é que atua sobre outras áreas de memória, locali­zadas entre os endereços 800 k (Segmento de memória C800) e 960 k (Segmento de memória F000). Deve ser usado apenas quando instalamos alguma placa de expansão que possui um BIOS pró­prio, como por exemplo, uma placa controla­dora SCSI. Como são raras as placas que utilizam ROMs, devemos deixar esta opção desabili­tada.
Ao instalarmos uma placa que possui uma memória ROM, podemos usar, por exemplo, o programa MSD (Microsoft Diagnostics) para visualizar o mapa de me­mória e saber quais são os endereços ocupados por ROMs. Este programa faz parte do Windows 3.1 e do MS-DOS 6.x. No Windows 9x, é encontrado no CD-ROM de instalação. O MSD apresenta um relatório que indica os endere­ços de memória onde existem ROMs, e desta forma, podemos habilitar os itens “Adaptor Shadow” para estes endereços.
A figura 5 mostra o aspecto dos itens que fazem a ativação de Shadow RAM. Normalmente encontramos itens individuais para ativação da Shadow RAM para o BIOS da placa SVGA, para o BIOS da placa de CPU e para diversas áreas da memória superior, na qual residem as ROMs de placas de expansão. Esta ativação é em geral feita por faixas. Como ve­mos na figura, existem diversas faixas de 16 kB, localizadas em endereços a partir do segmento C800.


Fig. 5 Ativação da Shadow RAM. (click na fig. para ampliar)














First / Second / Third / Fourth Boot Device

Certas placas de CPU apresentam as opções de seqüência de boot defini­das de uma outra forma. Ao invés de apresentarem opções como “A: / C: / CD-ROM”, “C: / A: / CD-ROM” e todas as diversas combinações possíveis, apresentam 4 itens independentes, através dos quais podemos definir a primeira, a segunda a terceira e a quarta opção de boot. Por exemplo, para formar a seqüência “C: / A: / CD-ROM”, programamos a primeira opção com “C:”, a segunda com “A:” e a terceira com “CD-ROM”.

CPU Speed at Boot

Encontrado em PCs antigos. Este comando define qual é a velocidade do processador após o boot. As opções apresentadas são High (Alta) e Low (Baixa). Em geral dei­xamos selecio­nada a opção High. Em alguns raros casos este item possui ainda a opção “Switch”, que faz com que seja obedecida a indicação da chave Turbo.

Hard Disk Pre-Delay

Alguns discos rígidos podem apresentar problemas quando o BIOS os testa muito cedo, antes que tenham atingido seu regime normal de funcionamento. O BIOS tenta identificar o modelo do disco, através de um comando de interrogação, mas o disco não responde, por estar ainda ocupado em sua inicialização. O resultado é um falso erro, que pode ser manifestado pela mensagem “HDD Controller Failure”. Com este comando, podemos seleci­onar um tempo (medido em segun­dos) a ser aguardado antes que o BIOS interrogue o disco rígido. Em geral, o tempo default funciona, mas em caso de problemas, podemos tentar usar o tempo máximo. Usuários “apressados” podem tentar diminuir este tempo, para que o boot seja mais rápido.

Processor Type

As placas de CPU modernas podem operar com diversos processadores compatíveis. A maioria delas detecta automaticamente o processador presente, mas muitas delas, sobretudo as que usam processadores para o Soquete 7, podem apresentar em seus Setups, um item através do qual podemos definir o processador empregado. Quando este item está presente, podemos encontrar opções como Intel, Cyrix, AMD e Auto. O default é Auto, o que faz com que o BIOS tente de­tectar o ­processador em uso. Caso esta auto detecção não funcione, podemos indicar dire­tamente qual é o processador instalado. Quando uma placa antiga não de­tecta um processador novo, e por esta razão apresenta problemas de mau funcio­namento, devemos adquirir uma nova placa de CPU, ou então tentar fazer um upgrade de BIOS.

Processor Speed (CPU Internal Core Speed)

Algumas placas de CPU possuem um comando no CMOS Setup para informar o clock do processador. Para que para que isto funcione o processador tem que ser do tipo “não travado”, ou seja, não utilizar multiplicadores fixos. Tome muito cuidado com este item. Se ele existe no seu CMOS Setup, especifique o valor correto do clock do seu processador. Se você utilizar um valor mais elevado, poderá danificá-lo, ou tornar o funcionamento do PC instável.

Parity Check

Através deste item podemos habilitar ou desabilitar a checagem de pari­dade reali­zada nas leituras da memória DRAM. Caso todas as memórias DRAM existentes na placa de CPU possuam o bit de paridade (por exem­plo, quando todos os módu­los SIMM forem de 36 bits, e não de 32, e quando as memórias DIMM forem de 72, e não de 64 bits) pode­mos deixar este item habilitado para que sejam usados esses bits. Quando pelo menos um módulo de memória não possui bits de pari­dade, devemos deixar esta opção desabilitada, caso contrário, serão emitidos falsos erros de paridade.

Extended BIOS RAM Area

Este comando é encontrado em Setups de PCs antigos. Define uma área de memória RAM para armazenar os parâmetro do disco rígido “tipo 47”, ou sejam do disco rígido com parâmetros definidos pelo usuário. Algumas vezes aparece com o nome “Hard Disk Type 47 RAM Area”. Suas opções são duas: “0:300” e “DOS 1 kB”. A opção “DOS 1 KB” é mais reco­mendável, pois evita possíveis incompatibilidades causadas pela outra opção. Esta opção fica sem efeito quando usamos o comando System BIOS Shadow, pois ao ser feita a cópia do conteúdo do ROM BIOS para uma área de memória RAM, os parâmetros do disco rígido tipo 47 são automaticamente armazenados, sem a ne­cessidade de usar uma área de RAM adicional. Portanto, desde que esteja em uso a opção System ROM Shadow, deixe este item programado como 0:300. Na ver­dade não será usada a área 0:300, mas uma área dentro da RAM para a qual foi copiado o BIOS.

DMI Event log capacity

As placas de CPU modernas possuem um recurso chamado DMI (Desktop Management Interface). Através dele, vários parâmetros críticos relacionados com o funcionamento do processador podem ser monitorados, como a temperatura do processador, rotação do ventilador, valores de voltagem, etc. Essas placas mantêm armazenadas na sua Flash ROM, um relatório desses eventos. O item DMI Event log capacity indica se há espaço disponível na Flash ROM para armazenar novos eventos. Quando não existe espaço, o usuário deve comandar o apagamento des­ses eventos para que sobre espaço para armazenar eventos futuros.

View DMI Event log

Este comando faz com que seja exibido na tela, o relatório de eventos DMI arma­zenados na Flash ROM.

Clear all DMI event logs

Limpa todos os eventos DMI armazenados na Flash ROM, deixando assim, espaço livre para armazenar novos eventos.


Event logging

Habilita a gravação de eventos DMI na Flash ROM. Deixe este item com a opção Enabled. Você poderá então usar um software gerenciador de DMI para Windows, ou mesmo o CMOS Setup, para checar os eventos armazenados. Este software em geral é fornecido no CD-ROM que acompanha a placa de CPU.

ECC Event logging

Ao ser habilitado, faz com que os eventos relativos à detecção e correção de erros na memória sejam armazenados na Flash ROM. A presença de eventos ECC ar­mazenados na Flash ROM indica que possivelmente existem problemas na memó­ria. Devemos então tomar providências, como por exemplo, não confiar 100% no PC, reduzir a velocidade dos acessos à memória (Advanced Chipset Setup), e fazer backups com mais freqüência. Se os problemas persistirem, é reco­mendada a substituição das memórias.

Tutorial sobre setup - Parte 5

Advanced Chipset Setup

Perigo !!!

Alguns dos itens localizados no Advanced Chipset Setup devem permane­cer obri­gatoriamente com seus valores default, caso contrário, a placa de CPU pode expe­rimentar problemas de funcionamento. Por exemplo, exis­tem alguns itens que de­finem a velocidade de acesso às memórias. Se for utilizada uma velocidade acima da recomendada, o processador pode receber dados errados da memória, o que inviabiliza o seu funcionamento. Altere esses itens apenas se for estritamente necessário, e se você souber muito bem o que está fazendo.

Nas explicações que se seguem, usaremos muito o termo envenenamento, talvez por não termos encontrado palavra melhor para descrever a idéia. Certos ajustes feitos no CMOS Setup resultam em aumento de velocidade, de forma totalmente segura. Por exemplo, usar o PIO Mode 4 nas transferências do disco rígido, ou o modo Ultra DMA 33/66/100, no caso de discos rígidos que possuem este recurso. Isto não é envenenamento. É um aumento seguro de desempenho. Por outro lado, reduzir ao mínimo o tempo dos ciclos de memória resulta em aumento de desempenho, mas pode deixar o PC operando de forma instável. Isto é um envenenamento. O PC, caso continue funcionando bem, ficará mais veloz, mas corremos o risco de instabilidades, como travamentos ou os famigerados GPF’s (falha geral de proteção) no Windows. Quando algum item é envenenado, o procedimento correto é medir o desempenho do PC (usando programas medidores de desempenho, como por exemplo, o Norton Sysinfo). Se o índice de velocidade aumentar, significa que o envenenamento melhorou o desempenho. Resta agora testar o PC para verificar se seu funcionamento está normal, sem apresentar anomalias como GPFs e travamentos. Se esses problemas ocorre­rem, devemos reprogramar com seu valor original, o item que foi envenenado. Por outro lado, se ao envenenarmos um determinado item, constatarmos que o índice de velocidade do PC foi inalterado, significa que não traz melhoramentos no desempenho, e não vale a pena ser usado. Voltamos então a usar o seu valor original.

Auto Configuration

Em todos os Setups, este item está ativado por default. Faz com que di­versos itens críticos relacionados com a velocidade de transferência de dados entre o pro­cessador e a memória sejam programados de modo adequado, além de ficarem inacessíveis para alterações. Se você não quer ter problemas, deixe esta opção habi­litada. Se você quiser alterar a maioria dos itens descritos a seguir, será preciso des­ligar a Auto Configuração.

CPU Frequency

Permite escolher o clock externo a ser usado pelo processador. Em geral este item é programado através de jumpers da placa de CPU, mas muitas delas podem operar em modo jumperless, com comandos do Setup substituindo os jumpers. O clock externo deve ser programado de acordo com o processador (66, 100, 133 MHz, etc.). Não esqueça que processadores Athlon e Duron operam com DDR (Double Data Rate). Quando um Athlon, por exemplo, usa o “clock externo de 200 MHz”, está na verdade usando 100 MHz com duas operações por ciclo.

DRAM to CPU Frequency Ratio

Tradicionalmente as placas de CPU têm operado com DRAM que usam o mesmo clock externo usado pelo processador. Por exemplo, com 100 MHz externos, usam memórias padrão PC100. Chipsets mais modernos podem suportar diferentes velocidades para o processador e para a DRAM. Este é o chamado modo assíncrono. Um Celeron pode operar com clock externo de 66 MHz mas usar memórias de 100 MHz. Um Pentium III pode ser de versão com clock externo de 100 MHz e operar com memórias de 133 MHz. Processadores Athlon de 100 MHz (200 MHz com DDR) pode utilizar memórias de 100 ou 133 MHz, dependendo do chipset. Nas placas de CPU que apresentam este recurso, encontramos no CMOS Setup este item que permite escolher a relação entre o clock do processador e o clock da DRAM. Use a opção 3:3 para que ambos usem o mesmo clock. Use a opção 4:3 para casos em que memórias PC133 são usadas com processadores com clock externo de 100 MHz. Note que à medida em que são lançados processadores com outros valores de clock externo, e memórias DRAM com novas velocidades, este item tende a ser cada vez mais comum, e apresentar mais opções de configuração.

Spread Spectrum Modulation

As atuais placas de CPU geram sinais digitais de altas freqüências. A elevada emissão eletromagnética pode causar interferências em outros aparelhos. Muitos chipsets modernos podem alterar a forma de onda desses sinais digitais, eliminando componentes de alta freqüência e reduzindo a intensidade das emissões eletromagnéticas. Deixe habilitado para que as emissões sejam minimizadas.

SDRAM CAS Latency
SDRAM RAS Precharge Time
SDRAM RAS to CAS Delay

Esses três itens são programados automaticamente quando usamos a configuração default para a SDRAM. Com ela, o BIOS consulta o chip SPD (Serial Presence Detection) de cada módulo SDRAM e programa esses três parâmetros de forma automática. Os três juntos definem os ciclos de leitura e escrita da SDRAM. Quando escolhemos a configuração manual (sem usar o SPD), podemos atuar individualmente sobre esses três itens. Reduzir esses parâmetros é uma forma de “envenenar” os acessos à memória. Isto pode ser feito com relativa segurança quando as memórias utilizadas são mais rápidas que as exigidas pela placa de CPU. Por exemplo, se uma placa só suporta memórias PC100, instalar memórias PC133 não traz aumento de desempenho, a menos que possamos fazer essas três configurações de forma manual, utilizando valores mínimos. Os valores que resultam em maior desempenho (se a memória suportar) são 2-1-1 (CL=2). Na prática não usamos CL=1, pois normalmente não funciona. Usar valores maiores é uma forma de resolver problemas de travamentos, que podem ser causados por lentidão das memórias.

Byte Merge

Ao ser habilitado, este comando otimiza o desempenho das operações de escrita no barramento PCI, agrupando escritas de dados de 8 e 16 bits dentro de um único grupo de 32 bits. O barramento PCI opera com mais eficiência nas operações de 32 bits, e as operações de 8 e 16 bits são mais lentas. Habilitar este item pode melhorar o desempenho de placas de vídeo, controladoras SCSI e IDE.

DRAM Read Latch Delay

Este parâmetro é um ajuste fino sobre o funcionamento do controlador de memória existente no chipset. São oferecidas opções como 0 ns, 0.5 ns, 1ns e 2ns. Valores menores podem contribuir de forma indireta para um melhor desempenho. Com menor valor, pode ser viável reduzir a latência do CAS (CL), o que resulta em ciclos mais curtos. Valores maiores podem ajudar a resolver problemas de compatibilidade com certos chips de memória. Note que o excesso de ajustes complexos são uma forma de compatibilizar a placa de CPU com o maior número possível de chips de memória. O fabricante da placa de CPU utiliza para todos esses itens, valores que foram testados e indicados como ideais para a maioria dos casos.

Video Memory Cache Mode

As opções são UC (Uncacheable) e USWC (Uncacheable, Speculative Write Combining). USWC é um novo método usado para “cachear” dados da memória de vídeo que pode resultar em aumento de desempenho gráfico. Deixe este item programado em USWC se quiser experimentar este aumento de desempenho, ou deixe em UC (Uncacheable) se tiver problemas no funcionamento do vídeo.

High Priority PCI Mode

Permite estabelecer para um dos slots PCI (normalmente o slot 1, localizado mais à direita) uma maior prioridade sobre os demais. Certas placas de expansão que operam com elevada taxa de transferência são beneficiadas com esta configuração: controladoras SCSI e controladores Firewire (IEEE-1394).

Clk Gen for Empty PCI slot / DIMM

Quando está habilitado, o chipset vai deixar ativados os sinais de clock dos slots PCI e soquetes de memória vazios. Não é necessária a geração deste clock para soquetes e slots vazios, portanto ao desabilitarmos este item, estaremos reduzindo o consumo de energia e a emissão eletromagnética.

Linear Burst

Este item é encontrado em Setups de placas de CPU para Soquete 7. Pode ser habilitado quando a placa tem um processador Cyrix. Esses processadores possuem um modo de transferência de dados da cache L2 mais eficiente, chamado Linear Burst. Deixe portanto este item habilitado para processadroes Cyrix (6x86, 6x86MX, MII) e desativado para processadores Intel e AMD.

ISA Bus Clock

Em geral, podemos programar o clock do barramento ISA, em função do clock do barramento PCI. Para isto, definimos no Setup um número divisor. O clock de barramento ISA deve ser ajustado para um valor próximo a 8 MHz. Como o bar­ramento PCI pode operar com 25, 30 e 33 MHz, usamos os divisores 3 e 4 para obter o clock adequado. Tome como base a tabela abaixo.


Clock PCI Divisor Clock ISA

25 MHz 3 8,33 MHz
30 MHz 4 7,50 MHz
33 MHz 4 8,33 MHz

Por exemplo, um Celeron/633 opera com um clock externo de 66 MHz. Logo, seu barramento PCI opera com 33 MHz. Devemos então aplicar o divisor 4 para chegar ao clock ISA de 8,33 MHz.

EDO Autoconfiguration

Este item é encontrado em PCs antigos, que usavam memória EDO. Os chips que fazem o controle da memória, seja ela FPM DRAM, EDO DRAM ou SDRAM, ou até mesmo a SRAM que forma a cache externa, precisam ter configu­rados diversos parâmetros: temporização dos ciclos de leitura e de escrita, tempo decorrido entre os sinais RAS e CAS, tempo decorrido entre os sinais RAS e MA, e diversos outros. A opção EDO Autoconfiguration faz a programação automática de todos esses parâmetros, fazendo com que as memórias EDO DRAM funcionem, talvez não da forma mais rápida, mas de uma forma segura e com velocidade ra­zoável. Quando desabilitamos este item, podemos atuar individualmente nos diver­sos itens que regulam o acesso à memória EDO DRAM, mas este tipo de regula­gem pode causar mau funcionamento, caso seja feito de forma errada. Normal­mente essas regulagens permitem aumentar um pouco o desempenho do PC, mas se o acesso ficar muito rápido, a memória pode não suportar e apresen­tar erros.

SDRAM Autoconfiguration

Assim como ocorre com a EDO DRAM, a SDRAM também precisa ter seus pa­râmetros de acesso regulados no chipset. Deixando o item SDRAM Autoconfigura­tion programado com a opção Enabled, esses parâmetros serão programados com valores seguros, e permitindo um acesso suficientemente veloz. Para “envenenar” o acesso à SDRAM, este item deve ficar em Disabled, e cada um dos parâmetros de acesso devem ser ajustados manualmente. Isto pode resultar em aumento de de­sempenho, mas também pode fazer o PC ficar instável, apresentando tra­vamentos e outros erros.

SDRAM Autosizing Support

Habilita o reconhecimento automático da capacidade dos módulos de memória, de acordo com as informações presentes no chip SPD. Deixe este item habilitado.

Cache Read Cycle

Este parâmetro define a temporização das operações de leitura da memó­ria cache externa pelo processador. É encontrado nos Setups de placas de CPU que possuem cache L2 externa. De todos os itens do Advanced Chipset Setup, este é o que tem mais impacto sobre o desempenho total do PC. A habilidade de transferir dados em alta velocidade da ca­che externa para o processador, garante que a sua cache interna terá sempre instruções prontas para serem execu­tadas, e dados prontos para serem processados. Cada transferência de dados da cache externa para o processador é feita por um grupo de 4 leituras consecu­tivas, cada uma delas fornecendo 64 bits. Em geral, este ciclo de leitura é marcado por 4 números, como 3-2-2-2, 2-2-2-2, 2-1-1-1, etc. Cada um desses números indica quantas unidades de tempo são gastas em cada leitura. A unidade de tempo usada nessas operações é o “período”, notado pelo símbolo “T”. O valor de T é calculado a partir do clock externo do processador:


Clock Externo T

50 MHz 20 ns
60 MHz 16,6 ns
66 MHz 15 ns
100 MHz 10 ns


De todas as opções apresentadas para este item, a que possui menores números resulta em maior velocidade. Por exemplo, “3-1-1-1” é mais rá­pido que “3-2-2-2”. Entretanto, é preciso verificar se esses números meno­res realmente podem ser usa­dos. Se o tempo destinado às leituras da cache for muito pequeno, o PC pode simplesmente não funcionar, devido a erros de leitura na memória cache. Quando usamos a auto-confi­guração no Advanced Chipset Setup, este item, assim como todos os ou­tros relacionados com o acesso da memória, são programados com valores default eficientes e seguros. O uso de valores mais “apertados” é con­side­rado um “envenenamento”, e pode não funcionar.

Cache Write Wait State

Também é encontrado nos Setups de placas de CPU que possuem cache L2 externa. As opções apresentadas são “0 WS” e “1 WS”. Serve para aplicar uma prorrogação no tempo para operações de escrita na memória cache ex­terna. Digamos que as leituras sejam feitas em modo 3-2-2-2, o que signi­fica, três ciclos para a primeira leitura e dois ciclos para cada uma das ou­tras três leituras consecutivas (lembre-se que os dados da cache são lidos em 4 grupos de 64 bits). As transferências de da­dos do processador para a cache externa podem seguir esses mesmos tem­pos, caso usemos a opção “0 WS”, ou pode utilizar um estado a mais, caso usemos a opção “1 WS”. No caso, o ciclo de escrita na cache obedeceria ao padrão 4-3-3-3. Em geral, podemos usar a opção “0 WS”, fazendo com que as escritas e leituras na cache externa sejam feitas na mesma velocidade.

DRAM Read Cycle

Assim como ocorre com a memória cache, as memórias DRAM também operam com ciclos de 4 leituras ou escritas consecutivas. Este item do Setup define quantos períodos de tempo são usados em cada uma das leituras. Por exemplo, o esquema 7-3-3-3 indica que são usados 7T para ter acesso ao primeiro grupo de 64 bits, e 3T para cada uma das outras três leituras seguintes. Memórias EDO DRAM podem operar com valores menores (por exemplo, 6-2-2-2) que no caso das memórias DRAM comuns, e memórias SDRAM podem usar ciclos ainda mais rápidos, como 3-1-1-1. Em geral, o BIOS detecta automaticamente o tipo de DRAM usada e pro­grama este ciclo de leitura, levando em conta a segurança e a eficiência. Este é um envenenamento que em geral não vale a pena ser feito, já que o desempenho da cache tem um papel muito mais significativo que o desempenho da DRAM.

DRAM Write Wait State

Assim como ocorre nas leituras, as operações de escrita na DRAM também são feitas em seqüências de 4 grupos de 64 bits (apesar de também pode­rem ser feitas escritas individuais). Este item possui duas opções: “0 WS” e “1 WS”. Quando é usado “0 WS”, o ciclo de escrita na DRAM segue a mesma temporização do ciclo de leitura. Quando usamos “1 WS”, as escri­tas terão um tempo adicional de um período.

RAS to CAS Delay

Os endereços de memória são enviados para a DRAM em duas etapas, chamadas de “linha” e “coluna”, que são acompanhados dos sinais RAS e CAS. Este item do Setup serve para definir o tempo entre o RAS e o CAS. Um tempo menor pode fazer com que os dados da DRAM sejam lidos mais rapidamente, mas este envenenamento não vale a pena ser ten­tado. Lem­bramos mais uma vez que a cache tem um papel muito mais significativo que a DRAM no que diz respeito ao desempenho.

DRAM Write CAS Pulse

Depois que o sinal CAS chega à DRAM, este deve permanecer ativo du­rante um certo intervalo de tempo. Quanto menor for este intervalo, mais cedo terminará o ciclo de acesso à memória DRAM, mas por outro lado, isto pode fazer o funcio­namento do PC ficar instável. É recomen­dável deixar este item progra­mado na opção default, que é preenchida na Auto Configuração.

DRAM CAS Precharge Time

Aqui está mais um item que deve ser preferencialmente deixado com sua progra­mação default, caso contrário o funcionamento da memória poderá ficar instável. Quando uma célula de memória é lida, seu conteúdo é apagado, mas é automaticamente re-escrito. O Pre­charge Time é o tempo necessá­rio para fazer esta correção. Usando um tempo menor, o tempo total usado no ciclo de acesso à memória será menor.

DRAM RAS to MA Delay

Os endereços enviados para a memória DRAM são divididos em duas partes, chamadas de linha e coluna. A divisão do endereço completo em duas partes que são enviadas, uma de cada vez, é chamada de multiple­xação. O Sinal MA (Multiplex Address) serve para substituir o endereço de linha pelo endereço de coluna. Este item do Setup serve para indicar, quanto tempo após a ativação do sinal RAS, será feita a multiplexação, ou seja, o envio do endereço de coluna. É recomendável deixar este item no modo default.

SDRAM RAS to CAS Delay

Para uma DRAM funcionar, seja ela FPM DRAM ou EDO DRAM, necessita da ativação seqüenciada de 3 sinais digitais: RAS (Row Address Strobe), MA (Multiplex Address) e CAS (Column Address Strobe). A SDRAM utiliza apenas dois desses sinais: RAS e CAS, já que o seu sinal MA é gerado internamente. Este parâmetro define o intervalo de tempo entre os sinais RAS e CAS. Quanto menor é o intervalo, mais rápido será o funcionamento das memórias, mas também pode ocorrer mau funcionamento. Usar valores default, ou valores médios, representa a opção mais segura. Por exemplo, se forem apresentadas as opções 2 e 3, escolha 3 para que o funcionamento seja seguro. Escolha 2 se você quer aumentar o desem­penho, mas isto deve ser considerado como um teste. Poderá deixar assim se o PC não apresentar problemas de mau funcionamento.

SDRAM RAS Precharge Time

Este parâmetro é mais um envenenamento. As memórias DRAM, seja qual for o tipo, necessitam de um período de pré-carga (Precharge Time) antes de serem acessadas. Se este período não for respeitado, podem ser apagados os bits armaze­nados. Usar valores menores é um envenenamento, ou seja, faz o PC ficar mais rápido, mas pode causar instabilidades no funcionamento.

SDRAM Timing Latency

Pode ser programado com duas opções: Manual e Auto. Ao usarmos a opção ma­nual, podemos ter acesso aos parâmetros que definem a temporização das memórias.

DRAM Speed

Algumas placas de CPU possuem a capacidade de programar automati­camente todos os itens relacionados com a temporização da DRAM, bas­tando que para isto seja fornecida a sua velocidade, ou seja, o seu tempo de acesso. Memórias mais rápidas suportam uma temporização mais “apertada” que memórias mais lentas.
Em PCs que usam memórias SDRAM, este item pode oferecer opções como PC100/PC133, ou 100 MHz / 125 MHz / 133 MHz / 143 MHz / 166 MHz. Pode ainda aparecer com indicações de velocidade em ns (10 ns / 8 ns / 7.5 ns / 7 ns / 6 ns).


DRAM Slow Refresh

Este item provoca um pequeno aumento no desempenho da DRAM. A ope­ração de Refresh consiste em uma seqüência interminável de leituras fei­tas na DRAM. Se essas leituras cessarem, os dados da DRAM são apaga­dos, pois em geral ficam es­táveis por apenas alguns milésimos de se­gundo. Antigamente, as DRAMs precisa­vam ser lidas uma vez a cada 2 ms (milésimos de segundo). As DRAMs atuais po­dem ser lidas em intervalos de tempo maiores, como 16 ms. Essas leituras provocam uma pe­quena perda de desempenho na DRAM, em geral inferior a 5%. Com o comando Slow Refresh, este período pode ser mais longo, o que faz com que a perda de desempenho seja menor. Em geral podemos habilitar este item, pois as DRAMs modernas o suportam.

L2 Cache Policy

A memória cache externa pode operar de dois modos: Write Through e Write Back. No primeiro método, a cache externa acelera apenas as ope­rações de leitura, e no segundo método, acelera também as operações de escrita. O segundo método oferece melhor desempenho que o primeiro, e deve ser preferencialmente utili­zado.

ISA Linear Frame Buffer Address

Este item é necessário na instalação de algumas placas digitalizadoras de vídeo padrão ISA. Se o seu PC não possui placas deste tipo, deixe-o desabilitado. Placas digitalizadoras de vídeo possuem uma área de memória para onde os dados são continuamente transferidos durante o processo de digitaliza­ção. Esta área é chamada de Frame Buffer. O processador precisa ler esses dados digitalizados para que sejam transferidos para o disco durante o processo de digitalização. Mui­tas dessas placas exigem que este buffer fique localizado entre os endereços 15M e 16M. Algumas utilizam um buffer com 1,5 MB, sendo então necessária a sua localização entre os endereços 14M e 16M. Para evitar que esta área de memória, localizada na placa digitalizadora de vídeo, entre em conflito com a DRAM, muitas placas de CPU possuem comandos que desabilitam uma área de memória DRAM. Esses comandos indicam o ende­reço (ISA Linear Frame Buffer Address) e o seu tamanho (ISA Linear Frame Buffer Size). Por exemplo, se uma determinada placa digitalizadora de vídeo possui um Frame Buffer com 1 MB, devemos fazer o seguinte:
a) Programar o endereço do Linear Frame Buffer (LFB) na placa digitali­zadora para 15 M.b) Programar no CMOS Setup o item ISA LFB Address para 15M.c) Programar no CMOS Setup o item ISA LFB Size para 1 MB.
Esta programação cria um “buraco” na memória DRAM, por isso é cha­mada em alguns Setups de “Memory Hole”. Em geral, podemos utilizar uma outra área para realizar as leituras do Frame Buffer. Podemos acessá-lo através de uma janela de pequeno tamanho, localizada na memória su­perior. Desta forma, não estaremos criando uma descontinuidade na me­mória DRAM.

ISA LFB Size

Este item é o ISA Linear Frame Buffer Size, que opera em conjunto com o ISA Linear Frame Buffer Address, já explicado acima.

Video Pallete Snoop

Você provavelmente deixará este item desabilitado. Existem algumas pla­cas SVGA especiais que são instaladas em conjunto com outra placa SVGA. Podemos ter uma placa SVGA no barramento ISA e outra no bar­ramento PCI. Uma placa pode estar apresentando a imagem normal, enquanto a outra apresenta, por exemplo, um filme exibido em uma janela. Em certos casos, podem ocorrer problemas devido a incompatibilidades geradas por acessos simultâneos às duas placas. Com esta opção habilitada, o problema pode ser resolvido.

AGP Aperture Size

Indica qual é o espaço da memória DRAM da placa de CPU que pode ser usado por uma placa de vídeo AGP para armazenamento de texturas. São normalmente oferecidas opções como 4 MB, 8 MB, 16 MB, 32 MB, 64 MB, 128 MB e 256 MB. Usar um valor muito grande significa que os programas gráficos têm permissão para usar mais memória. Valores mais baixos limitam o espaço de memória a ser usada para este fim. Uma boa aproximação é usar aqui, metade do tamanho da memória RAM disponível. Não significa que todo esse espaço será usado para ar­mazenamento de texturas, ele apenas especifica um limite máximo, quando estive­rem em execução programas gráficos tridimensionais. Durante o uso desses pro­gramas, o funcionamento deverá ser normal se você escolher para este parâmetro, a metade do tamanho total da memória. Se ocorrerem problemas de falta de me­mória para o programa, você pode diminuir este parâmetro no CMOS Setup, dei­xando assim menos memória livre para as texturas e mais memória livre para os programas. Se o problema for falta de memória para armazenar texturas, você terá polígonos em branco na execução dos programas gráficos. Aumente então este parâmetro no CMOS Setup. Se nenhum dos dois ajustes funcionar, experimente reduzir a resolução gráfica dos programas tridimensionais em uso.

Latency Timer (PCI Clocks)

Este é um importante parâmetro do barramento PCI. Em geral deve ser deixado na sua opção default. Serve para definir um limite de tempo má­ximo para que uma interface assuma o controle do barramento PCI. Uma vez que uma interface tenha assumido o controle do barramento, ela terá direito a um período limitado de tempo para realizar sua transferência de dados. Ao término deste período, caso a transferência não tenha terminado, será provisoriamente suspensa para dar chance de outras interfaces reali­zarem suas transferências. Cada uma dessas transferências será também limitada pelo Latency Timer. Depois que as outras interfaces termina­rem suas transferências (mesmo que não terminem, serão suspensas para con­tinuar depois), a interface que teve sua transferência paralisada pelo tér­mino do seu perí­odo reservado pelo Latency Timer, poderá prosseguir de onde parou. Este meca­nismo evita que uma interface assuma o controle do barramento PCI por um perí­odo muito longo, prejudicando outras interfaces que precisam realizar suas transfe­rências.

O Latency Timer é programado em número de clocks PCI. Por exemplo em um barramento PCI de 33 MHz, cada período dura 30 ns. Ao programar o Latency Timer com o valor 32, estaremos dando a cada interface, o inter­valo de 960 ns para que realizem suas transferências. Se a transferência não terminar neste tempo, será suspensa enquanto a interface aguarda a sua vez para continuar. Você encontrará nos Setups, opções para progra­mar o Latency Timer com valores como 32, 64, 96, 128, até um máximo de 256. Em geral podemos optar pelas opções mais baixas, como 32 ou 64, que são inclusive os valores default usados pelo Setup.

PCI Burst

O barramento PCI pode operar com transferências em modo Burst. Nas transfe­rências normais, o circuito que requisita a transferência deve forne­cer o endereço a ser acessado, e a seguir fornecer (ou receber) o dado. As transferências em modo Burst, por sua vez, precisam que seja fornecido apenas o endereço inicial, e a se­guir, uma longa seqüência de dados é transmitida, sem que os endereços precisem ser novamente fornecidos. Este sistema é usado, por exemplo, para transferir dados para a memória de vídeo das placas SVGA, ou para transferir dados para a inter­face IDE. Entretanto, certas placas PCI podem não suportar transferências neste modo. Se forem observados problemas, por exemplo, nas imagens exibi­das na tela, devemos desabilitar o item PCI Burst, o que fará com que as transferências sejam realizadas no modo convencional.

System BIOS Cacheable

Este item define se a área de memória ocupada pelo BIOS da placa de CPU deve ser ou não acelerada pela memória cache. Lembre-se que esta ROM é copiada para a DRAM, um mecanismo chamado Shadow RAM. Isto provoca um grande aumento de desempenho no processamento do BIOS. Com o item System BIOS Cacheable, o conteúdo do BIOS da placa de CPU, além de ser acelerado pela có­pia para a DRAM, é ainda acelerado pela memória cache. Isto provocará uma melhora no desempenho do BIOS, o que é refletido, por exemplo, na elevada taxa de transferência ex­terna do disco rígido quando operando em modo MS-DOS (em jogos, por exemplo).

Video BIOS Cacheable

É análogo ao item System BIOS Cacheable, exceto no que diz respeito ao BIOS da placa SVGA. Deve ser sempre habilitado, o que causará melhoria na velocidade de operação deste BIOS. Devemos deixar este item desabili­tado, por exemplo, quando usamos uma placa SVGA antiga, de 16 bits, que não suporta a alta veloci­dade dos processadores modernos.

8 bit I/O Recovery Time

Placas de expansão ISA podem não suportar a alta velocidade de ope­ração dos processadores modernos. Mesmo com os seus ciclos de leitura e escrita sendo feitos na velocidade correta (a 8 MHz, como requer o barramento ISA), essas placas podem necessitar de um pequeno intervalo de tempo antes que estejam prontas para permitir a pró­xima operação de leitura ou escrita. Em geral, as operações de leitura e escrita no barramento ISA demoram 250 ns. Uma determinada placa pode precisar de um tempo de, digamos, cerca de 250 ns até que esteja pronta para a próxima operação. Este tempo é chamado de “Recovery Time”. Os processadores modernos são ca­pazes de realizar transferências de E/S seqüenciais, uma após a outra, sem des­canso. Possuem instruções como “envie todos esses bytes para um determinado endereço de E/S, em seqüência”. Essa instrução é chamada de OUTSB (transmite seqüência de bytes para endereço de E/S), mas existem ainda outras: OUTSW (transmite seqüência de words para E/S), INSB (recebe seqüência de bytes) e INSW (recebe seqüência de words). A placa pode apresentar erros nessas opera­ções, e para que não ocorram, é preciso fazer com que o processador realize pausas auto­maticamente quando estiver executando essas instruções es­peciais de E/S. Para isto, os Setups possuem a opção I/O Recovery Time. Muitos Setups possuem um único comando para este fim, outros possuem dois comandos independentes, um para operações de E/S de 8 bits, e outro para operações de E/S de 16 bits. As opções são dadas em número de clocks. Em geral, podemos usar o valor mínimo, já que re­sulta em maior velocidade de transferência de dados. Se forem observados pro­blemas de mau funcionamento em placas ISA, devemos tentar programar este item com o seu valor máximo. As opções são medidas em número de períodos de clock. Podemos encontrar, por exemplo, valores desde 1 clk até 8 clk.

16 bit I/O Recovery Time

Este item é análogo ao 8 bit I/O Recovery Time, exceto que diz respeito apenas às operações de E/S envolvendo 16 bits. Não diz necessariamente respeito a placas ISA de 16 bits. Mesmo sendo uma placa ISA de 16 bits, quase sempre possuem endereços de E/S que são acessados em grupos de 8 bits.

Turbo Read Pipelining

Aqui o termo “Pipelining” aplica-se a ciclos especiais de aceso à memória, no qual um grupo de 4 acessos é imediatamente seguido por outro. Parece complicado. Veja­mos então outra forma de explicação. Os ciclos de acesso à memória DRAM con­sistem em 4 leituras consecutivas de grupos de 64 bits. Os tempos para essas leituras são medidos em períodos de clock. Di­gamos que a memória esteja operando no esquema 7-2-2-2, ou seja, são 7 períodos para ler o primeiro grupo de 64 bits mais dois ciclos para ler cada um dos três grupos seguintes. Logo depois de fazer uma transferência de 4 grupos de 64 bits, inicia-se em geral a transferência de mais 4 grupos de 64 bits. Este novo ciclo, em condições normais, teria que respeitar a mesma temporização do ciclo anterior, ou seja, 7-2-2-2. Entretanto, as memórias DRAM são capazes de transmitir longas seqüências em FPM (Fast Page Mode), desde que solicitadas. Podem realizar, por exemplo, uma transferência com a tem­porização 7-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2, e para isto basta que o chip controlador do seu acesso solicite este tipo de transferência. Este modo de operação, no qual um ciclo de leitura é “emendado” com o seguinte, é chamado de Pipelined Read. Caso exista esta opção no seu Setup, habilite-a, pois é segura e causa melhoria no de­sempenho da DRAM.

Peer Concurrency

Este item, ao ser habilitado, permite que existam transferências sendo realizadas no barramento PCI, ao mesmo tempo em que existem transferên­cias sendo realizadas entre o processador, a DRAM e a cache externa. Ao ser habilitado, oferece um sensível aumento no desempenho do sistema.

Extended Cacheability

Existe uma limitação nos chipsets antigos para processadores Pentium e similares (Soquete 7) no que diz respeito à área de memória sobre a qual a cache atua. Certos chipsets podem fazer com que a cache L2 atue apenas nos primeiros 64 MB. Qualquer área de memória DRAM que ultrapasse este valor não será acelerada pela cache. Outros chipsets po­dem manter a cache atuando sobre uma área maior, desde que seja indi­cado no Setup, qual é a faixa de DRAM a ser “cacheada”. Este item deve ser programado com o menor valor possível que seja superior à quantidade de memória DRAM instalada.

Low CPU Clock

Todas as placas de CPU antigas podem operar em duas velocidades, uma alta e uma baixa. Nos velhos tempos das placas de CPU que operavam com 16, 20, 25 ou 33 MHz, a velocidade baixa era em geral obtida com um clock de 8 MHz, ou outro valor próximo. Muitas placas de CPU modernas ativam sua baixa velocidade pela desabilitação total da cache interna e da ex­terna. Existem ainda placas que desabi­litam ambas as caches, e ainda di­minuem o valor do seu clock. Pois bem, várias dessas placas permitem que seja escolhido o valor do clock de baixa velocidade, em geral através de uma fração do clock máximo. Por exemplo, em um Pentium-200, pro­gramar o “Low CPU Clock” com um fator 1/20, resultará em um clock de baixa velocidade em torno de 10 MHz. O processador estará operando em alta velocidade até que seja depressionado o botão Turbo, passando então a vigorar este valor baixo de clock programado.

DRAM are xx bits wide

Este parâmetro define o número de bits da memória DRAM. As opções são 64 e 72. Para completar 72 bits, é preciso usar memórias com paridade. Memórias DIMM/168 com paridade fornecem 72 bits, ao invés de 64, e memórias SIMM/72 com paridade fornecem 36 bits cada, ao invés de 32. Esses bits adicionais podem ser usados para implementar uma técnica chamada ECC (Error Correction Code). Desta forma, eventuais erros na memória podem ser detectados, e em alguns casos, até corrigidos. Para isto não basta que a memória opere com 72 bits, mas também que o chipset seja capaz de usar o ECC.

Data integrity Mode

Este item indica como os 8 bits adicionais (dos 72, são 64 para dados e 8 para che­cagem) serão usados. Com a opção Disabled, esses bits serão ignorados. Com a opção ECC, será feita a detecção e correção dos erros, através de técnicas especiais de hardware. Com a opção EC (às vezes chamada de Parity), será apenas feita uma checagem de erro usando uma técnica chamada paridade. Esta técnica não permite corrigir erros, apenas detectar, sendo menos eficiente que o ECC. Se você utiliza memórias de 72 bits, é melhor usar a opção ECC.

Legacy USB Support

Deixe este item desabilitado. É habilitado apenas para permitir o uso de dispositi­vos USB antigos. Como você provavelmente vai utilizar dispositivos USB de fabricação recente (os antigos são bastante raros), não será necessário ativar o suporte a dispositivos USB antigos.